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De câncer terminal à gravidez: entenda a trajetória de Isabel Veloso na internet

Isabel Veloso, de 18 anos, luta contra o linfoma de Hodgkin há mais de três anos. No início de 2024, ela se tornou conhecida ao revelar que a doença estava em estágio terminal e que teria apenas seis meses de vida. Algum tempo depois, a jovem disse que a doença estava estabilizada e que o tumor havia regredido. 

Ela contou que preferiu parar o tratamento convencional, com quimioterapia e radioterapia, para usar apenas medicamentos paliativos, que controlam a dor, mas não a doença. 

Isabel explicou que o "prazo" inicial dado pelos médicos "venceu" e ela "ganhou mais tempo de vida" devido aos tratamentos que fez. Com isso, ela passou a fazer planos ao lado do marido.  Algum tempo depois, a jovem engravidou e decidiu retomar o tratamento convencional para acompanhar o crescimento do filho.

O pequeno Arthur, filho da influenciadora Isabel Veloso e do empresário Lucas Borbas recebeu alta no domingo (26), após passar 27 dias internado em uma unidade de terapia intensiva neonatal.

O bebê nasceu em 29 de dezembro de 2024, com 32 semanas de gestação, devido à necessidade de antecipação do parto para que Isabel pudesse retomar o tratamento contra o câncer. A família vive em Dois Vizinhos, Paraná.

Nas redes sociais, o casal celebrou o momento. "Indo para casa. Obrigada, Jesus", escreveu Isabel nos Stories. Em entrevista à Quem, Lucas falou sobre a alegria de levar o filho para casa: "Só quem teve filho na UTI sabe o valor de cada grama. Ele está pesando 2,068 kg, se não me engano. Agora, indo para casa, é vida normal: bebê bem e família feliz. Nosso cuidado maior agora é com a Isabel".

Qual o estado de saúde de Isabel Veloso?

Isabel, que foi diagnosticada em 2021 com linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, precisou lidar com os sintomas da doença durante o pós-parto. Recentemente, a influenciadora compartilhou com seus seguidores o impacto dos sintomas em sua rotina.

"Estou sumida pelo cansaço, não da maternidade, mas da doença. Tosse e falta de ar estão demais, faz quatro dias que estou tendo febre e sudorese noturna. Hoje acordei e parecia que estava em uma piscina", relatou.

Apesar das dificuldades, Isabel garantiu que a recuperação da cesárea foi tranquila. "Estou bem em relação à recuperação do pós-parto. É só a questão dos meus sintomas, às vezes é difícil, é puxado, porque ainda não estou com meu tratamento. Ele ainda não chegou, então é tudo questão de tempo, né?", explicou.

Mudança de diagnóstico de Isabel Veloso marca pico de interesse entre os brasileiros 

Conforme dados do Google Trends, o nome da influenciadora, que atualmente já conta com mais de 3,5 milhões de seguidores, surgiu em meados de maio de 2024, quando ela fez uma publicação nas redes sociais para comemorar o aniversário de 18 anos. 

Em um relato emocionante a influenciadora explica que foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin aos 15 anos e havia vencido o câncer. Contudo, ela descobriu que o tumor maligno havia voltado e que a doença não tinha cura para ela em janeiro daquele ano.

“Dessa vez o câncer conseguiu. Apenas desejo que esses próximos e últimos 6 meses sejam os mais felizes e mais sinceros dos nossos corações”, disse. 

A paranaense já compartilhava a rotina com os amigos nas redes sociais, mas sua história causou tanta comoção que ela passou a pautar não só os assuntos da internet como também a imprensa. 

Os dados ainda mostram quem no mês de junho, o nome da jovem atingiu um grande pico de buscas. Isso aconteceu porque após um mal-estar, Isabel passou um período longe das redes sociais e preocupou os seguidores. Quando retornou, a notícia era triste: o tumor havia crescido. 

Cerca de um mês depois, houve uma nova alta nas buscas pela influenciadora e ela precisou usar as redes sociais para rebater rumores de que teria morrido. Isabel lamentou o boato e afirmou estar bem de saúde. “Estou vivíssima”, disse num vídeo publicado no Instagram.

O anúncio da gravidez da jovem também rendeu uma alta de buscas pelo nome dela e causou tanta curiosidade quanta indignação. Isabel explicou:

"Eu sempre tive dentro de mim o sonho de ter filhos e, quando eu tive o diagnóstico paliativo, eu pensei em optar pela adoção, mas não se pode adotar diante deste diagnóstico, e quando eu consegui a estabilização da minha doença, hoje, eu consigo pensar na minha família sendo gerada por mim mesma. E é um sonho que eu penso muito em acontecer logo", contou ela um pouco antes de anunciar que está à espera do primeiro filho.

Em uma live com a médica, ela explicou que planejou ter o bebê: "Quando eu descobri que eu estava grávida, a gente planejou, foi tudo planejado, médico sabendo, tudo certo, mas foi uma surpresa, eu fiquei muito feliz, mas, assim, chegou o momento que eu falei: 'Deus, eu não sei o que pode acontecer comigo, mas eu confio que vai continuar estabilizado'", disse.

A jovem ainda rebateu as críticas: "Sempre quis ter filho e opiniões podem ser dadas, claro. Mas, as pessoas não têm o direito de achar que opiniões delas podem influenciar a minha vida. Também não sou uma mãe irresponsável".

Mesmo com toda felicidade, Isabel admitiu que teve medo da situação, mas recorreu à fé para reconfortá-la. Apesar de ter nascido prematuro e ter precisado de internação, o bebê recebeu alta no último domingo (27). 

Em meio a tantos desabafos e relatos compartilhados nas redes sociais, o nome de Isabel Veloso se tornou um dos nomes mais comentados da internet, conforme o Google Trends, quando ela afirmou não estar mais com câncer terminal. Depois dessa declaração, a influenciadora enfrentou polêmicas, como acusações de aplicar golpes em seguidores. 

"Essa é a maior prova de que eu não estava mentindo. A minha doença era terminal, eu tinha um tempo estimado de vida. Não tinha a certeza de que a doença iria se estabilizar. Ela se estabilizou e não sou uma paciente terminal. Sou uma paciente com cuidados paliativos", afirmou.

Veja o Gráfico na íntegra:

Interesse dos brasileiros por Isabel Veloso nos últimos anos | Gráfico: Sala Digital Band e Google | Fonte: Google Trends

A médica da influenciadora Isabel Veloso, Melina Branco Behne, explicou que a jovem, não está em estágio terminal, e sim, em tratamento paliativo contra o Linfoma de Hodgkin.

Em entrevista ao Gshow, Melina detalhou como está o quadro clínico de Isabel. “O quadro está estável, o tumor está pequeno, com crescimento estagnado e ainda com o controle importante dos sintomas que ela sentia - que eram dores e falta de ar. 

Isabel Veloso tem câncer terminal?

Segundo a médica, Isabel não é mais considerada uma paciente terminal porque não possui mais uma estimativa de tempo de vida. Em contrapartida, afirmou que o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin permanece o mesmo, que a doença está estabilizada, mas não responde a nenhum tratamento.

Qual o câncer de Isabel Veloso?

Isabel Veloso Reprodução/Instagram/@isabelvelosoo

A influenciadora tem linfoma de Hodgkin. É um tipo de cancro que afeta o sistema linfático, que é composto por órgãos e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade. O linfoma de Hodgkin caracteriza-se por se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos.

O que é tratamento paliativo?

O tratamento paliativo é um conjunto de cuidados de saúde ativos e integrais para pessoas com doenças graves e progressivas que ameaçam a sua vida. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e da sua família, minimizando o sofrimento e ajudando o paciente a viver o mais ativamente possível e com dignidade até à sua morte. 

No caso de Isabel, a jovem segue fazendo cuidados paliativos, que melhora as dores causadas pelos tumores, localizados no pescoço e no tórax. Contudo, os medicamentos com canabidiol também ajudaram a estabilizar a doença.

"Hoje, faço tratamento paliativo com canabidiol. Isso faz com que eu não sinta dor, mas também influenciou no tamanho do meu tumor. A doença está estabilizada e o tumor regrediu. Só que, ao invés de as pessoas ficarem felizes com isso, elas questionam por que eu ainda não morri", disse.

Como a família pode auxiliar nos cuidados paliativos? 

Apoiando e respeitando a opinião do paciente na escolha do tratamento para a doença e na rotina diária com a equipe médica. 

Qual a diferença entre paliativo e terminal?

"A Isabel não está em estágio terminal! E sim, apenas, sob cuidados paliativos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos são uma abordagem que visam melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados a doenças graves, incuráveis e que ameaçam a vida - por isso podemos dizer que ela está em cuidados paliativos. Já o estágio terminal é um termo usado para se dirigir ao paciente que o processo ativo de morte já se iniciou e não tem retorno", explicou a médica ao Gshow.

"A Isabel está em acompanhamento paliativo porque teve retorno da atividade tumoral e efeito colateral das quimioterapias realizadas. Ela ficou com neuropatia periférica, gerando dores fortes e crônicas. E, com isso, decidiu não continuar mais o tratamento quimioterápico", completou a especialista. 

Em seu perfil no Instagram, Isabel Veloso fez uma publicação onde também explica a diferença entre paciente terminal e em cuidados paliativos.

“A minha doença era terminal, eu tinha um tempo estimado de vida e não tinha a certeza de que a doença iria se estabilizar. Ela se estabilizou e eu não sou uma paciente terminal, e sim uma paciente com cuidados paliativos” afirmou.

"Paliativo é terminal, porém sem data prevista. Paliativo é quando você tenta dar o máximo de qualidade de vida para a pessoa até seu último dia de vida e, sim, significa que não tem cura", dizia o post.

A influenciadora defendeu ainda estar “mais do que na hora das pessoas entenderem o que é estado de terminalidade e estado paliativo”. Isabel se manifestou sobre o tema após ter recebido uma série de críticas e questionamentos sobre seu diagnóstico.

Isto é, os cuidados paliativos, podem fazer parte do cuidado a uma pessoa que está em estágio terminal ou não. Os pacientes em cuidados paliativos podem viver dias, semanas, meses ou até anos. A questão é garantir a qualidade de vida, conforto e dignidade da pessoa.

Fonte: Band.
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